Onde estão minhas formigas se meu arquétipo é de Psyché? Vai embora junto ao castelo, o homem-deus amado e o desejo abdicado em nome da verdade todo o resto de mim? Onde estão minhas formigas? Que não me ajudam a separar os bons grãos da semente para o cultivo? Sou incapaz de inventar nenhum personagem por falta de força, todo exército saiu em campanha em busca de mim. Vagueio maltrapilha pela minha cama tão vasta quanto o mar. Ondas gigantes me submergem, me liquidam, em pequenas moléculas de música. Ora jazz, ora rock’n’roll dos barulhentos, ora clássico! Qualquer emoção, qualquer uma me serve. Enlatados de TV, quero chorar com novelas tirar lições filosóficas do Jornal Nacional. Qualquer coisa, por favor, me apaixone. Qualquer coisa que esteja um pouco longe de mim.